Se é difícil para um jovem comprar a primeira casa, a Aliança Democrática (AD) promete acabar com o pagamento de IMT e uma garantia do Estado para os bancos financiarem 100% do preço. O PS também acena com a garantia pública - aumenta para 40 anos a idade limite - e esclarece que em caso de incumprimento a pessoa passa a pagar uma renda ao Estado, que assume o crédito.
Na construção, os caminhos separam-se. A AD opta por incentivos e redução de impostos para que o setor privado construa mais. Já o PS diz que é o aumento do parque público a melhor via para mais oferta. A coligação à direita quer ainda acabar com as restrições ao Alojamento Local.
No capítulo da saúde há nova clivagem ideológica. O partido liderado por Pedro Nuno Santos promete mais dinheiro, enquanto a AD de Luís Montenegro aponta mais parcerias público-privadas como solução - é esta também a chave para um compromisso: médicos de família para todos até ao final de 2025.
O PS, por sua vez, recupera uma ideia do tempo de Marta Temido: avaliar a obrigação de os médicos ficarem no SNS durante um período mínimo.
Nos salários e carreiras dos profissionais de saúde, Pedro Nuno promete negociar. Já no programa de Montenegro, há um plano de motivação - que não fala em salários - mas em incentivos para fixar médicos nas regiões onde há mais falta.
Caminhos voltam a cruzar-se na educação
A AD promete recuperar o tempo de serviço congelado dos professores em 20% a cada ano.
O PS de Pedro Nuno contraria o PS de António Costa em que isso não era possível, prometendo agora recuperar tudo em quatro anos, mas atira os números para uma negociação com os sindicatos. Ou seja, solução concreta só depois das eleições.