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Polícias em protesto: milhares esperados no Terreiro do Paço, em Lisboa

A concentração de polícias, que se realiza a partir das 17:30, é organizada pela plataforma que congrega sindicatos da PSP e associações da GNR, que pela primeira vez vai realizar um protesto às portas do Ministério da Administração Interna.

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Milhares de elementos da PSP e da GNR são hoje esperados para uma concentração no Terreiro do Paço, em Lisboa, junto ao Ministério da Administração Interna (MAI), em mais uma ação de protesto por melhores condições salariais, exigindo um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.

Bruno Pereira, porta-voz da plataforma dos sindicatos e associações da PSP e da GNR, diz que a classe está mais unida do que nunca.

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Os elementos da PSP e da GNR estão em protesto há mais de um mês para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à PJ e a concentração de hoje acontece depois de a plataforma ter organizado as manifestações em Lisboa e no Porto, que juntaram milhares de elementos das forças de segurança e que foram consideradas as maiores de sempre, e vigílias nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada e Funchal, além do porto marítimo de Lisboa.

O porta-voz da plataforma, Bruno Pereira, disse à Lusa que escolheram a Praça do Comércio para mais uma ação de protesto, tendo em conta que é neste local que está o MAI, e antecipa "uma grande adesão" para a concentração.

A plataforma considera que é importante manter a luta das polícias na ordem do dia para que o próximo Governo tome uma posição relativamente ao pagamento do suplemento de missão, à semelhança do que foi feito para a PJ.

A plataforma, que congrega sete sindicatos da Polícia de Segurança Pública e quatro associações da Guarda Nacional Republicana, tem ainda agendado, para 02 de março, um encontro nacional de polícias da PSP e militares da GNR.

A maioria dos protestos tem sido convocada através de redes sociais, nomeadamente 'WhatsApp' e 'Telegram', tendo surgido o movimento inorgânico 'movimento inop' que não tem intervenção dos sindicatos, apesar de existir a plataforma criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.

TIAGO PETINGA/Lusa

Apesar de não ser assumido como forma de protesto, vários polícias da PSP e militares da GNR apresentaram baixas, o que levou ao cancelamento de jogos da I e II liga de futebol e o ministro da Administração Interna determinasse a abertura de um inquérito urgente à Inspeção Geral da Administração Interna sobre estas súbitas baixas.

Com Lusa