Para o líder da Iniciativa Liberal (IL) seria uma "enorme irresponsabilidade" aceitar o direito à greve nas forças policiais, exigindo que as manifestações de descontentamento das polícias aconteçam mas "dentro da legalidade". Rui Rocha aponta diferenças entre uma greve de polícias e de médicos.
"É uma enorme irresponsabilidade aceitar o princípio do direito à greve dos polícias. E perguntam: não há funcionários públicos que fazem greve? Há. Os médicos fazem greve, mas há uma enorme diferença", afirmou Rui Rocha, à margem da apresentação do Pacto Social da Confederação Empresarial Portuguesa (CIP), no Porto.
"Ninguém fica doente de propósito num dia em que os médicos fazem greve. Quem pretende cometer atividade criminosa fará atividade criminosa de propósito no dia em que os polícias estiverem de greve. Não contam connosco para pôr a segurança dos portugueses em causa", assegurou.
Sobre as manifestações de descontentamento por parte de elementos da PSP e GNR, o presidente da IL mostrou-se solidário com os motivos, mas crítico em relação à forma como os protestos decorreram.
"Compreendemos a insatisfação dos polícias, mas exigimos que essa insatisfação se prenuncie dentro da legalidade. É dentro da lei que os protestos dos polícias devem ser feitos e é ai que têm mais força".
Questionado em relação ao inquérito anunciado sobre a manifestação de segunda-feira junto ao Capitólio, onde decorreu o debate televisivo entre os lideres do PS, Pedro Nuno Santos, e da AD, Luís Montenegro, e que não estava autorizada para aquele local, Rui Rocha mostrou-se favorável.
"O que se conhece sobre o contexto em que essa manifestação nos termos em que foi feita não estava autorizada numa parte do percurso. Parece-me normal que haja um inquérito para apurar as circunstâncias em que essa manifestação aconteceu".
Com Lusa