Vários professores e assistentes operacionais protestaram, esta terça-feira, numa escola em Alverca. O protesto está inserido na "Campanha Pela Escola Pública" dinamizada pelo Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP).
São gritos repetidos de profissionais que dizem estar cansados de anos sem mudanças na carreira.
"Eu peço ao nosso Governo que pense em nós... 25 anos de serviço, e pessoas com mais idade aqui na escola, e não temos valor nenhum", afirma uma das assistentes operacionais desta escola, Leonor Bento.
Com as eleições a aproximarem-se, e numa altura em que os vários partidos lutam pelo voto da maioria, professores e auxiliares queixam-se da falta de seriedade dos diferentes dirigentes políticos.
"Não defraudem mais as pessoas, não defraudem mais a escola. Isso é matar definitivamente a escola e matar a escola e os seus valores é matar a democracia", afirma o professor de Educação Física Fernando Ferreira.
Segundo o dados do último relatório referente ao Estado da Educação, o número de contratações de novos professores não está a fazer face à saída dos profissionais.
"Nós temos neste momento mais de 10 mil professores formados, com as pedagogias todas que abandonaram a profissão fruto destas políticas dos últimos anos. Desvalorizou-se tanto mas tanto os trabalhos nas escolas que já não é apelativo e por isso é que se tem que inverter, valorizando a escola pública", afirma o dirigente do STOP, André Pestana.
Durante a manhã desta segunda feira, vários alunos não tiveram aulas, mas os professores garantem que as greves não influenciam o ensino.
Para o dia 2 de março está prevista uma arruada em Lisboa organizada pelo STOP.