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Suplemento de missão: PSP e GNR lembram promessas da campanha e exigem resposta ao novo Governo

No rescaldo das eleições, a plataforma de sindicatos que representa PSP e GNR vai reunir-se para traçar um plano de ação. Mas é certo que, o novo Governo tem de dar resposta à questão do suplemento de missão ou será confrontado com novos protestos.

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Os votos podem não estar ainda todos contados - só dia 20 se conhecem os resultados dos círculos da emigração - e as incertezas sobre o novo Governo continuam a pairar, mas há pelo menos um desafio a que o próximo Executivo terá de dar resposta. Trata-se da reivindicação que levou polícias e militares da GNR às ruas, em protesto: a atribuição de um suplemento de missão, a par do que foi concedido à Polícia Judiciária.

A plataforma que une 11 sindicatos da PSP e associações da GNR vai reunir-se no dia 25 deste mês para decidir um plano de ação, que pode passar por novos protestos, se as promessas ouvidas antes e durante a campanha eleitoral não se materializem.

"Nós queremos que, de facto, haja essa negociação e cheguemos a bom porto. Se assim for, tudo muito certo, não haverá protestos. Se assim não for, logicamente que voltaremos em força", admite César Nogueira, presidente da APG/GNR.

Além de uma solução concreta e em breve para o suplemente de missão, o responsável pela associação que representa militares da GNR diz que estes esperam um calendário de compromisso para a negociação de problemas concretos que cada sindicato e associação tem para apresentar à nova tutela.

Ainda assim, apesar de pedirem uma resposta o mais depressa possível, reconhecem que deverá ser dado tempo ao Governo para se instalar nas funções.

"Obviamente que temos de dar espaço para que o novo Governo tome posse, temos de dar espaço para que o Governo informe a plataforma da sua proposta para resolver este problema em concreto. Caso não venha a acontecer, temos de concertar um conjunto de estratégias para levar novamento os polícias à rua", adianta Paulo Santos, presidente da ASPP/PSP.

Paulo Santos lembra ainda que "todos os partidos foram peremptórios relativamente à justeza da nossa reivindicação e à necessidade de dar passos no sentido de resolvermos esta questão específica". Por isso, a plataforma não espera nada mais do próximo Executivo que não seja a atribuição à PSP e GNR do mesmo suplemento de missão.