O deputado do Chega, Filipe Melo, é suspeito de ter mentido em tribunal. Segundo o Expresso, Filipe Melo declarou perante o juiz desconhecer a existência de uma ata de uma reunião interna do Partido.
O documento acabou por ser entregue à justiça, assinado pelo próprio Filipe Melo. À SIC, o deputado do Chega garante que ainda não foi notificado.
A história começa em 2021, numa reunião realizada em Terras de Bouro para destituir José Moreira, adjunto da Distrital de Braga do Chega.
Mais tarde, quando a Distrital de Braga estava em risco de ficar sem quórum para continuar funções. Filipe Melo, líder da estrutura, terá revertido a exoneração de José Moreira para evitar eleições internas.
A decisão deu origem a um processo cível no Tribunal de Braga, onde a ata do encontro em Terras de Bouro acabou por ser protagonista, com Filipe Melo a garantir que desconhecia a existência da mesma.
Quando o processo passou para a esfera criminal, a ata acabou por ser entregue à justiça e segundo o Expresso estava assinada a caneta pelo deputado do Chega.
Filipe Melo é por isso suspeito de prestar falsas declarações em tribunal e num documento a que o Expresso teve acesso, o deputado aparece já na qualidade de arguido.
À SIC, deputado do Chega garante que ainda não foi notificado do caso e até lá não quer adiantar mais esclarecimentos.
A SIC sabe que a Comissão de Ética da Assembleia da República, responsável pelos pedido de levantamento da imunidade parlamentar, também não foi notificada pelo Tribunal de Braga sobre o caso que envolve Filipe Melo.