Em zona turística, não há dias de porta fechada. Na restauração e no comércio, mas também na saúde, na indústria e até no jornalismo, por exemplo, trabalha-se em horários que não são das 9h às 17h.
Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), cedidos ao Jornal de Negócios, revelam que, entre 2021 e 2023, subiu o número de trabalhadores a fazerem todo o tipo de horários atípicos.
No público e no privado, principalmente no setor dos serviços, 42% dos empregados já trabalharam noites, sábado, domingo ou por turnos.
Os que trabalham ao sábado já são mais de 2 milhões de pessoas. Os que fazem horário noturno, entre a meia-noite e as 5h da manhã, aumentaram 18%, representando 549 mil. E os que trabalham ao domingo são agora 1,2 milhões, mais 13%.
Os horários atípicos podem ter impacto na saúde e interferir na vida pessoal e familiar. Mas há quem veja neles algumas vantagens.
Mão de obra estrangeira é necessária
No setor do turismo, quem contrata admite que tem sido difícil encontrar portugueses que aceitem trabalhar em horários de noites e fins de semana.
Em Aveiro, pelo menos, a mão de obra que tem ajudado a preencher esses horários chega principalmente da América do Sul.