Com origem na II Guerra Mundial, o krav maga - que em embraico significa “combate corpo a corpo” -, tem já milhares de praticantes em Portugal. Mais do que uma arte marcial, são técnicas de defesa.
Este fim de semana realizou-se, em Porto Salvo, o segundo encontro internacional da modalidade e dezenas de praticantes marcaram presença. "O que se pretende é dotar as pessoas de técnicas e movimentos, além da parte física, para que consigam resolver situações de perigo", explica Fernando Suissas, mestre de krav maga e organizador do evento.
"O krav maga tem três componentes principais - a parte física (...) depois tem uma parte técnica, em que aprendes soluções ou vamos lhe chamar movimentos (...) e a parte, que muitas vezes é ignorada ou um bocadinho desvalorizada, que é a mental, porque o krav maga é fundo 70% de cabeça. Saber identificar se posso resolver a situação ou se não posso, e se não posso fugir como resolver. A parte psicológica é mostrar que não temos medo, controlar a ansiedade", destaca o mestre.
Quem também não faltou foi o instrutor Martín Luna. Praticante de artes marciais há 40 anos, desenvolveu um estilo próprio de Krav Maga e agora tem alunos em todo o mundo.
“Trabalhamos com um objetivo. Tratamos de complementar todas as lacunas que existem (...) muitas vezes pessoas treinam mas não sabem porquê, então acho que temos de entender cada coisa que fazemos, objetivamente, para fazer algo correto”, disse à SIC.
Crianças, mulheres, agentes de segurança pública são diversos os perfis dos praticantes desta arte marcial, que durante muitos anos só era praticada em Israel.