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Ministra acusa Ana Jorge de aplicar "paracetamol" no "cancro financeiro" encontrado na Santa Casa

Maria do Rosário Palma Ramalho deu como exemplo a suspensão da internacionalização dos jogos que deveria ter tido um plano de desinvestimento e não ser interrompido e agravar as despesas.

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A ministra do Trabalho começou a ser ouvida na tarde desta quinta-feira no Parlamento para prestar esclarecimentos sobre as decisões que tomou na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Maria do Rosário Palma Ramalho reafirmou que exonerou a provedora por falta de um plano de restruturação financeira e acusa Ana Jorge de deixar as contas da instituição piores do que quando assumiu o cargo há um ano.

A governante reiterou que não se tratou de uma exoneração política, mas antes justificou que teve a ver com a "situação gravíssima" da instituição e o facto de a Mesa não ter tido a atuação adequada perante essa situação.

"A situação financeira muito grave da Santa Casa já vem da anterior Mesa, mas agravou-se com a anterior provedora [Ana Jorge] Encontrou um cancro financeiro mas tratou-o com paracetamol. É mau", afirmou a ministra.

Maria do Rosário Palma Ramalho deu como exemplo a suspensão da internacionalização dos jogos que deveria ter tido um plano de desinvestimento e não ser interrompido e agravar as despesas. Referiu ainda que administração estava sem unidade e sem rumo e manifesta divergência até porque incluía dois membros da anterior gestão, criticada por Ana Jorge.

O Chega e a Iniciativa Liberal pedem que seja constituída uma Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão financeira da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, uma vez que nas recentes audições nenhum dos envolvidos assumiu responsabilidades nos investimentos ruinosos feitos pela instituição nos últimos anos.