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Trabalhadores de Tratolixo em greve falam em discriminação, sindicato estima adesão de 80%

Os trabalhadores da Tratolixo, que serve os concelhos de Oeiras, Cascais, Sintra e Mafra, estão esta segunda-feira em greve para exigir aumentos salariais e melhores condições de trabalho. O sindicato acusa a administração de discriminação, ao não atribuir o subsídio de risco a todos os funcionários, que se concentraram esta manhã em frente à empresa.

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Os trabalhadores da empresa que faz o tratamento do lixo nos concelhos de Oeiras, Cascais, Sintra e Mafra cumprem esta segunda-feira uma greve de 24 horas. Exigem a redução do trabalho semanal de 40 para 35 horas, a subida imediata de 150 euros nos salários e o aumento do subsídio de refeição.

"A inflação aumentou, o ordenado não é compatível," dizem os trabalhadores. "Estou aqui há 20 anos, não vejo melhorias."

Para que não falte força para lutar, o churrasco fez-se ainda antes das 10:00 horas, em frente à Tratolixo, em São Domingos de Rana, no concelho de Cascais.

Hugo Cruz é motorista na empresa há 13 anos. Ao contrário dos trabalhadores em regime noturno, não recebe o subsídio de risco, o que considera injusto. "Faço descargas, respiro gás metano," afirma.

Os trabalhadores sentem-se discriminados em relação aos funcionários em início de carreira. "Alguns colegas entram para cá e acabam por ganhar mais em prémios por fora," queixam-se.

O sindicato, que estima uma adesão de 80% à greve, diz que espera há 6 anos que a administração aceite negociar. "É um período inaceitável. Dizem que querem negociar, mas ninguém da administração vem preparado, nem com contrapropostas para negociar o acordo de empresa," afirmam.

A administração nega as acusações e diz que está em curso um processo negocial do Acordo de Empresa e recorda que, este ano, aumentou os trabalhadores acima do salário mínimo.