António Gandra D'Almeida é o novo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) escolhido pelo governo. Tem 44 anos, é tenente-coronel no exército, com experiência em emergência médica. Para Tiago Correia, a escolha de um militar tem o objetivo de “esvaziar esta componente política da direção-executiva e transformá-la verdadeiramente numa componente técnica”. O comentador da SIC lembra ainda que “o país tem boas referências dos militares nas funções de saúde”.
“Temos aqui um referencial que é o Almirante Gouveia e Melo, não acho que tenha sido esse o critério para a escolha do novo diretor executivo do SNS, mas acho que esta escolha, este perfil, revela algo importante (…) que é o facto de esvaziar a direção-executiva do SNS, de uma componente política que, a meu ver, era apontada ao antigo diretor executivo Fernando Araújo, que cessou funções ontem com a entrega do relatório”, refere Tiago Correia.
O novo diretor-executivo do SNS é licenciado em Medicina e, entre 2021 e o passado dia 31 de janeiro, foi diretor da Delegação Regional Norte do INEM.
Quando à liderança do antecessor Fernando Araújo, Tiago Correia considera que a componente política esteve bastante presente, e que o novo Governo pretende agora “esvaziar esta componente política da direção-executiva, transformá-la verdadeiramente numa componente técnica”.
"Aquilo que a direção-executiva vai fazer, a meu ver, com esta liderança, é planeamento, articulação, funcionamento em rede, o futuro dirá se é a liderança indicada, mas eu penso que a mensagem política está dada.
A direção-executiva está por baixo do Ministério, do ministro e dos secretários de Estado, não é um ministro sombra e não é um ministro ocasional, como nós fomos sinalizando entre Fernando Araújo e Manuel Pizarro", realça Tiago Correia.
António Gandra d’Almeida colaborou também em várias comissões do Estado-Maior do Exército, EMGFA e do Ministério da Saúde e recebeu seis louvores, concedidos por membros do governo e altas patentes das Forças Armadas.