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Auditoria na Defesa: licenciamentos desde 2015 poderão ser inspecionados

Nuno Melo determina uma inspeção de 2015 até ao final do Governo de António Costa. Desde janeiro de 2015, quem esteve à frente da Direção-Geral de Recursos foi Alberto Coelho, ex-dirigente do CDS e um dos principais suspeito do processo Tempestade Perfeita.

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O ministro da Defesa determinou uma auditoria a todos os licenciamentos feitos pelos governos socialistas desde 2015.

Em causa estão falhas no controlo de duas entidades: uma do Ministério da Defesa, a Direção-Geral de Recursos, e outra que depende do primeiro-ministro, o Gabinete Nacional de Segurança, liderado pelo almirante Gameiro Marques. Entidades que garantem a idoneidade das pessoas ou empresas que requerem estes licenciamentos para importar, exportar ou ser intermediário do comércio de material militar.

Em comunicado, o gabinete do ministro avança que as falhas foram detetadas numa averiguação preliminar, onde se verificou que "aparentemente, desde o ano 2015 não têm vindo a ser cumpridas as exigências previstas" dos pedidos de licenças.

Nuno Melo determina uma inspeção de 2015 até ao final do Governo de António Costa. Desde janeiro de 2015, quem esteve à frente da Direção-Geral de Recursos foi Alberto Coelho e, por inerência de funções, diretor nacional de armamento.

Alberto Coelho é ex-dirigente do CDS e um dos principais suspeito do processo Tempestade Perfeita. Em março de 2021, foi substituído por Vasco Hilário, que também já solicitou uma auditoria interna dentro da Direção-Geral de Recursos.

Uma auditoria que avança na mesma semana em que começa, em Bruxelas, o desenvolvimento de projetos conjuntos para impulsionar a industria de defesa europeia, liderado pelo Fundo Europeu de Defesa.