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PCP diz que plano do Governo vai “degradar” SNS e desviar recursos para privados

A líder parlamentar comunista defende que falta investimento nos profissionais e nos equipamentos do Serviço Nacional de Saúde, no plano de emergência anunciado pelo Executivo de Luís Montenegro.

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O PCP considera que o plano de emergência do Governo para a Saúde vai contribuir para a degradação do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Paula Santos considera que as medidas em causa não valorizam os profissionais de saúde nem preveem investimento nas infraestruturas.

“As medidas que foram anunciadas ainda há pouco pelo Governo vão ao encontro de um objetivo, e o objetivo é continuar degradar o SNS”, defendeu a líder parlamentar comunista, esta quarta-feira, na Assembleia da República, pouco depois de o Governo ter apresentado o plano.

Paula Santos afirma que o Executivo da Aliança Democrática segue uma “linha de perda de capacidade de resposta do SNS para desviar recursos financeiros para os grupos privados que intervêm na área da saúde".

"Naquelas medidas não há uma única para valorizar os profissionais de saúde, nas suas carreiras, nas suas remunerações, na garantia de condições de trabalho", notou a líder da bancada comunista.

Paula Santos condena também a inexistência de um “reforço do investimento nas infraestruturas, nos equipamentos, que são tão importantes para assegurar o aumento da oferta da capacidade do SNS".

O Governo apresentou, esta quarta-feira, o novo plano para a Saúde – que havia prometido anunciar nos primeiros 60 dias de governação. Luís Montenegro refere que este plano para Saúde conta com “mais de 50 medidas”, distribuídas por 16 programas, inseridos em “cinco eixos estratégicos”: a resposta a tempo e horas; bebés e mães em segurança; cuidados urgentes e emergentes; saúde próxima e familiar e saúde mental.