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Entrevista SIC Notícias

Calor intenso permanece "mais um, dois ou três dias". E depois?

Segundo o climatologista Mário Marques, as temperaturas vão estar altas "mais um, dois ou três dias". Mas o que acontecerá depois? O especialista adianta, na SIC Notícias, as previsões para as próximas semanas.

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Mário Marques, climatologista, adianta que o calor permanecerá "mais um, dois ou três dias", seguindo-se uma descida das temperaturas com a "possibilidade de aguaceiros" no interior e norte do país. No entanto, prevê que o calor esteja de volta daqui a uma semana.

O IPMA colocou seis distritos sob aviso amarelo devido às temperaturas elevadas. As temperaturas vão superar os 30 graus em quase todo o continente, podendo chegar aos 38 em algumas regiões do Alentejo e do Vale do Tejo.

Este calor poderá permanecer "na sua vertente mais intensa" mais "um, dois ou três dias", diz o especialista Mário Marques na SIC Notícias. Mas depois haverá uma "descida das temperaturas em quase todo o território nacional".

"Isto deve-se ao reposicionamento do anticiclone que, neste momento, está centrado a sul das ilhas britânicas, estendendo-se em crista e emanando o ar quente na Península Ibérica. Depois irá retroceder para o Atlântico e teremos, então aí, um ar mais nordeste/norte que irá influenciar as temperaturas", explica.

Para os dias 5 e 6 de junho há a probabilidade de aguaceiros, sobretudo no interior e no norte, devido a uma "depressão em altitude".

Contudo, as temperaturas elevadas "poderão repetir-se na segunda semana do mês, a partir de 7, 8 ou 9".

Questionado sobre as zonas mais afetadas, o climatologista Mário Marques esclarece que este tipo de "fluxo de leste com divergência de anticiclone" afeta com alguma velocidade as áreas montanhosas e do interior. Neste sentido, há uma especial atenção para distritos como Castelo Branco, Portalegre, Évora e Viseu.

Em entrevista na SIC Notícias, Mário Marques alerta que, para estes dias de temperaturas muito elevadas, é aconselhado não se usar máquinas nem equipamentos que possam provocar alguma ignição, nem se fazer queimadas ou churrascos.

O especialista prevê que o verão em Portugal vá ser de "muito calor" com uma semana ou dias de "interregno".

Além disso, há uma atividade solar "muito intensa" que, com a desflorestação, aumenta a propensão para um verão quente.