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Caso gémeas: PAN acusa justiça de "contaminar atos eleitorais sucessivamente"

O PAN critica o timing das buscas no caso das gémeas luso-brasileiras. Inês Sousa Real considera que isto não credibiliza o Ministério Público e que as diligências poderiam ter sido tomadas mais tarde por não haver "um risco iminente".

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O PAN acusou esta quinta-feira o Ministério Público de tentar mediatizar os casos judiciais e "contaminar atos eleitorais sucessivamente", criticando a proximidade entre as diligências contra António Lacerda Sales e as próximas eleições europeias.

"É fundamental que a justiça, por um lado, prossiga o seu rumo, mas por outro, que também não esteja a contaminar atos eleitorais sucessivamente. Nós temos duas semanas de campanha, estamos a escassos dias do ato eleitoral e, por isso, é para nós incompreensível", afirmou a líder do PAN, Inês Sousa Real, em declarações na Assembleia da República.

Para a deputada única do PAN, a proximidade da constituição como arguido do antigo secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales e as próximas eleições europeias não credibiliza o Ministério Público e que as diligências poderiam ter sido tomadas mais tarde por não haver "um risco iminente".

O PAN lembrou que "estas buscas são marcadas no dia em que, precisamente, ia ser ouvido Lacerda Sales na Assembleia da República" e que, "por isso mesmo, parece que o Ministério Público está aqui a correr em pista própria".

"Não é pelo facto de o PAN não só ter, neste caso, membros do anterior Governo como opositores nestas eleições a concorrerem que vamos deixar, de alguma forma, de censurar esta que tem sido uma mediatização da justiça que contamina atos eleitorais", reiterou Inês Sousa Real.

A deputada do PAN criticou o que diz ser um "circo mediático" e lamentou que haja "quem vá cavalgar essa onda de populismo" para "para tirar proveito deste caso".

Com LUSA