O Chega enviou uma carta aos outros partidos do Identidade e Democracia, a família política onde se insere em Bruxelas, a pedir que não fosse dado apoio a António Costa numa candidatura à presidência do Conselho Europeu.
André Ventura é contra o cenário de o ex-primeiro-ministro português ocupar o cargo em Bruxelas.
“Para nós é importante dizer à Europa que o que não serve para Portugal dificilmente poderá servir para uma presidência tão vasta como a União Europeia”, defendeu, esta quarta-feira, André Ventura, em declarações aos jornalistas.
Ventura afirma que o atual chefe de Governo declarou, no passado, que António Costa “era um mau primeiro-ministro" e “um mau governante”, pelo que lhe custa a entender como pode agora considerar que será um “bom governante europeu”.
No último domingo, Luís Montenegro admitiu que "fará tudo" para que o ex-primeiro-ministro seja bem-sucedido numa candidatura à presidência do Conselho Europeu.
“Isto é uma tremenda hipocrisia, por parte do Governo português e da parte do primeiro-ministro português”, acusa o líder do Chega.
André Ventura que descartou ainda, esta quarta-feira, deixar a família política do Identidade e Democracia, no Parlamento Europeu. Ventura garante que não está em cima da mesa para o partido uma mudança - apenas, talvez, a hipótese de um “alargamento” da família.
“Hoje há uma reunião estratégica. Se nós tivéssemos pensado mudar de grupo, não estaríamos hoje no grupo”, declarou André Ventura, afirmando que o Identidade e Democracia “está em conversações mais vastas para formar um grande bloco de direita”.
“Se essas conversas levarem a bom porto, cá estaremos para participar nelas. Se não levarem, também estaremos muito tranquilas no grupo em que estamos”, assegurou, sublinhando estar "alinhado com os seus parceiros”.