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Mãe das gémeas é a próxima a ser ouvida na comissão de inquérito

A audição vai acontecer por videoconferência, já esta sexta-feira. O filho de Marcelo Rebelo de Sousa e o próprio Presidente da República também deverão prestar esclarecimentos, mas o chefe de Estado pode escolher fazê-lo por escrito.

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Depois de António Lacerda Sales, a mãe das gémeas luso-brasileiras será a próxima a ser ouvida no Parlamento. A audição deve acontecer na sexta-feira, mas não se sabe ainda se presencialmente ou por videoconferência.

A mãe das gémeas que foram tratadas no Hospital de Santa Maria vive no Brasil, mas, através do advogado, tinha levantado a hipótese de vir a Portugal responder presencialmente às perguntas dos deputados. No entanto, no arranque dos trabalhos, o presidente da Comissão Parlamentar explicou que, em princípio, a audição deverá acontecer na sexta-feira, por videoconferência.

A audição do pai das crianças ainda não tem data agendada, por falta de resposta ao Parlamento.

Esta segunda-feira, antes das perguntas a Lacerda Sales, foi votada a possibilidade de suspender as sessões até estar concluída a investigação do Ministério Público sobre o caso. Apenas com a abstenção do PCP, ficou decidido que as audições vão continuar, independentemente dos avanços no processo judicial.

Há menos de duas semanas, a Polícia Judiciária fez buscas na casa dos arguidos, no Ministério da Saúde e no Hospital de Santa Maria.

Estão a ser investigados crimes de prevaricação, abuso de poder, tráfico de influência e burla qualificada.

Os pedidos de depoimento ao Presidente da República e ao filho deste, Nuno Rebelo de Sousa, foram aprovados, sendo que Marcelo Rebelo de Sousa pode responder por escrito às questões.

O chefe da Casa Civil e a assessora para Assuntos Sociais do Presidente também vão ser chamados à Assembleia da República, tal como a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que era presidente do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte na altura do tratamento das gémeas.

No Parlamento, as audições vão acontecer duas vezes por semana, até 26 de julho.

Em agosto, os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito são suspensos, sendo retomados a 10 de setembro.