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Gémeas: deputados pedem parecer jurídico sobre segredo de justiça após silêncio de Nuno Rebelo de Sousa

Nuno Rebelo de Sousa, filho do Presidente da República, vai estar presente na comissão parlamentar de inquérito por videochamada, mas não vai responder a perguntas sobre a alegada cunha no tratamento das gémeas luso-brasileiras.

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Nuno Rebelo de Sousa aceitou estar presente, por videochamada, na comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas, mas também avisa que não vai responder a perguntas. Perante esta posição, os deputados pediram um parecer jurídico sobre os limites do segredo de justiça.

A resposta chegou através do advogado. Nuno Rebelo de Sousa vai estar presente na comissão parlamentar de inquérito, mas à distância.

Participa por videochamada porque vive no Brasil. E já avisou que não vai responder às perguntas dos deputados sobre a alegada cunha no tratamento das gémeas luso-brasileiras.

"Nós, advogados, entendemos que o melhor comportamento para a defesa dos interesses do nosso constituinte e em face da lei é invocar o legítimo direito ao silêncio", afirma Rui Patrício, advogado de Nuno Rebelo de Sousa.

O filho de Marcelo Rebelo de Sousa diz que nunca recusou apresentar-se no Parlamento, mas lembra que já foi ouvido como arguido no processo-crime.

"No nosso entendimento, a comissão não pode convocar uma pessoa que reside no estrangeiro para comparecer perante sim. Não pode. Tem que recorrer como um tribunal, como o Ministério Público, aos chamados mecanismos de cooperação internacional", acrescenta o advogado.

A posição de Nuno Rebelo de Sousa levou os deputados a aprovarem um pedido de parecer jurídico urgente sobre o limite do segredo de justiça na comissão.

A audição de Nuno Rebelo de Sousa está agendada para a próxima semana, dia 3 de julho.