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Hugo Soares fala em "total diálogo e abertura com os partidos da oposição" para aprovar Orçamento de Estado

A aprovação do Orçamento de Estado para 2025 tem provocado um clima de tensão no Parlamento. Enquanto Luís Montenegro garante que só se demite com uma moção de censura, Pedro Nuno Santos exige que o Partido Socialista (PS) não seja ignorado nas negociações. Em entrevista à SIC Notícias, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, diz que o foco principal é garantir a aprovação do Orçamento de Estado por via de "total diálogo e abertura com os partidos da oposição".

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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, já disse que não se irá demitir caso o Orçamento de Estado para 2025 seja chumbado. Essa hipótese só será colocada em cima da mesa se existir uma moção de censura. Em entrevista à SIC Notícias, Hugo Soares do PSD instou o Partido Socialista (PS) de Pedro Nuno Santos a viabilizar o Orçamento de Estado e garantiu que o seu partido está disponível para dialogar com todos os partidos.

Na semana passada, o secretário-geral do Partido Socialista (PS), veio a público admitir que estava disponível para negociações mas deixou um aviso - o Governo de Montenegro não pode ignorar os socialistas.

"A primeira responsabilidade do PSD é negociar com o maior partido da oposição e negociar depois com todos [os partidos]", defendeu Hugo Soares, líder parlamentar do PSD.

"O maior partido da oposição [Partido Socialista], é responsável depois de oito anos de governação, pelo estado a que o estado chegou. Deve ter a responsabilidade de negociar com o PSD o Orçamento de Estado".

O social-democrata não quis dizer se considera ser mais fácil negociar com partidos como o Chega ou com a Iniciativa Liberal (IL) do que com o Partido Socialista (PS). Está convencido de que "será fácil" negociar com todos os partidos e que o Orçamento de Estado será aprovado.

Mas não descarta um eventual voto contra por parte do PCP e do Bloco de Esquerda (BE).

Deixa ainda a garantia de que, juntamente com o Governo, "tudo fará" para dialogar com os partidos da oposição para que o Orçamento de Estado seja aprovado.

"Em 100 dias, este Governo resolveu tantas coisas que dizem respeito à vida das pessoas. Eu não tenho dúvidas, que não há um português que queira mudar de Governo porque entende que está a governar mal. E também não tenho dúvidas que haja um português que queira eleições antecipadas."

"Estamos a trabalhar numa lógica de total diálogo e abertura com os partidos da oposição".