Vítor Almeida negou, nesta sexta-feira, em entrevista à TSF, as razões apontadas pelo Governo para a saída do cargo. O ex-presidente do INEM diz que sai pela defesa do interesse dos doentes.
"A senhora ministra tem provas documentais em que eu explano as condições que o país precisa para ter garantias de que o dispositivo, sobretudo em termos de helicópteros e emergência médica, continua a funcionar com as capacidades que tem hoje e, evidentemente, um reforço do ponto de vista financeiro", disse em entrevista à TSF.
Em comunicado, o Ministério da Saúde explicou que "nos contactos com a tutela durante a última semana", o médico anestesista Vítor Almeida "concluiu que não estavam reunidas as condições para assumir a presidência do INEM, por razões profissionais e face ao contexto atual do instituto".
Ministra da Saúde reconheceu (entre demissões) a necessidade urgente de "refundar" o INEM
Vítor Almeida tinha sido nomeado no dia 4 de julho para a presidência do INEM, depois de Luís Meira se ter demitido do cargo na sequência da polémica com o concurso dos helicópteros de emergência médica.
Na nota divulgada esta sexta-feira, o Ministério da Saúde diz que, perante o recuo de Vítor Almeida, decidiu nomear o médico Sérgio Agostinho Dias Janeiro, em regime de substituição por 60 dias, por vacatura do cargo.
Quem é Sérgio Dias Janeiro, o novo presidente do INEM?
Da oposição, chovem críticas sobre como o Governo tem gerido a crise no INEM, desde a saída de Luís Meira, que liderava a emergência médica há mais de oito anos.
O Iniciativa Liberal (IL) e o Chega querem que Vítor Almeida vá ao Parlamento explicar, com urgência, o que o levou a recusar o cargo. PS e Bloco de Esquerda falam em “incompetência” e “ataque a quem dirige os serviços públicos”, respetivamente.