Na ilha da Madeira, as caminhadas pela serra são muito procuradas pelos turistas, mas por vezes os passeios não correm como esperado. Todos os meses, a Proteção Civil tem de acionar o helicóptero para socorrer pessoas. A região está a preparar a cobrança de uma taxa de resgate.
O aviso de perigo não deixa dúvidas, mas os turistas passam indiferentes pela arriba instável do Calhau da Lapa. O risco não é assunto que preocupe quem está de férias, mas o plano de passeios nem sempre corre bem, seja pela costa ou nas serras.
O helicóptero da Proteção Civil tem, desde 2023, uma média de duas missões por mês, todas para socorrer turistas. Os pedidos de socorro chegam por vários motivos: falta de preparação para fazer os trilhos ou porque se perderam, mas a maioria dos acidentes ocorre por causa das fotografias.
Este ano, três turistas morreram enquanto passavam férias na Madeira. Um casal de franceses nas serras e uma turista italiana levada pelo mar. O serviço de Proteção Civil insiste que quem vem de férias devia prestar atenção aos alertas.
Todas as operações de socorro têm um custo, sobretudo o meio aéreo. Esses custos têm sido suportados pelo orçamento regional, mas a Madeira está a estudar uma maneira de cobrar uma taxa a quem é socorrido.
Enquanto não entram em vigor as novas regras, o socorro é feito como antes, o melhor que se consegue e sempre na esperança de resgatar com vida todas as vítimas de acidentes.