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Músicos estão de volta aos ensaios no centro comercial Stop

Faz agora um ano que muitas das lojas do centro comercial Stop, no Porto, foram fechadas, o que gerou um movimento de contestação nas ruas e na sociedade portuense. Um ano depois, os músicos e os comerciantes estão de volta ao edifício.

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A turma pode até ser de iniciantes mas a energia parece não faltar ao alunos. Quem vê estes sorrisos não imagina os rostos fechados no dia em que o Stop fechou as portas.

Mas o Stop não é só feito de música, embora mesmo nas outras lojas se sintam os acordes de alguma forma. A perfumaria Natália está aqui há mais de 30 anos e reconhece o apoio artístico no momento do aperto.

Ao longo do tempo, o Stop foi sendo ocupado por bandas numa espécie de laboratório vivo de música. Estima-se que utilizem as salas de ensaio, cerca de 500 músicos.

A maioria das frações foram seladas a 18 de julho do ano passado por questões de licença e de segurança.

Depois de muita contestação pública, o centro comercial reabriu a 4 de agosto mas com os Sapadores do Porto em permanência à porta. Depois de algum investimento em segurança, no início deste mês, esta vigilância deixou de ser obrigatória.

Em termos de segurança só falta a decisão do tribunal referente a uma saída de emergência para um terreno vizinho. Durante este ano, a administração mudou, passou a ser um grupo de trabalho com representantes dos proprietários, mas a questão financeira foi o maior desafio.

Neste momento das 151 frações, 109 já estão a pagar o respectivo condomínio, 19 continuam sem paradeiro, duas estão em leilão e cinco em contencioso.

As portas do centro comercial estão abertas ao público até à meia-noite, mas agora já é possível ter acesso às lojas durante toda a noite.