Longe das enchentes de outros verões, os negócios no Algarve à volta das férias dos portugueses queixam-se do arranque tímido do mês de agosto. Apesar da hotelaria tradicional garantir que regista ocupações acima dos 90%, concessões de praia, vendedores de peixe e donos de restaurantes dizem que não a sentem.
Num areal habituado a bom negócio, queixa-se tanto quem procura clientes quanto quem os aguarda. Sentado na areia, Maurício repete a prudência de outros agostos e reclama um pedaço de praia para as famílias que se reencontram a cada verão. Até ver, não parece faltar espaço para as toalhas que ainda hão de chegar.
"Está calmo. Nem parece agosto", disse, à SIC, o turista.
Muitos turistas queixam-se do elevado preço do arrendamento do apartamentos, mas não é um problema que todos tiveram, até porque ser repetente tem as suas vantagens, contou, à SIC, uma turista que vai para o Algarve há mais de 20 anos.
A hotelaria tradicional vai dizendo, no entanto, que não nota qualquer quebra. A falta de portugueses tem sido compensada pelo aumento de turistas estrangeiros, fenómeno igualmente sentido por quem aluga moradias e apartamentos.