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Operação Pretoriano: Ministério Público pede que testemunhas sejam ouvidas sem a presença dos arguidos

O ex-líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, a mulher e mais 10 arguidos da Operação Pretoriano foram acusados de 31 crimes. O Ministério Público pede que no julgamento as testemunhas sejam ouvidas sem a presença dos arguidos.

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Preocupado com a segurança das testemunhas e com a forma como decorrerá o julgamento, o Ministério Público requer que as testemunhas sejam ouvidas na ausência dos arguidos. Alega que de outra forma "poderá constituir assinalável constrangimento comprometedor das finalidades que presidem à produção desse meio de prova".

É também pedido que o julgamento decorra sem público, à porta fechada. Diz a acusação, a que a SIC teve acesso, que há "fundado receio de incursões de elementos simpatizantes ou associados dos Super Dragões (...) que possam perturbar o decurso dos trabalhos".

Os 12 arguidos, entre eles Fernando Madureira, a mulher Sandra e o adepto Vítor Catão, estão acusados em coautoria de 31 crimes. Entre eles coação agravada, atentado à liberdade de informação, ofensa à integridade física e arremesso de objetos ou produto líquido.

O Ministério Público entende que o clima de intimidação criado na assembleia geral do FC Porto, em novembro do ano passado, foi premeditado. Foi uma estratégia para tentar condicionar a decisão dos sócios e conseguir a aprovação dos estatutos, impedindo dessa forma que a claque deixasse de obter lucros com a venda de bilhetes.

O documento de acusação descreve agressões durante a assembleia geral, arremesso de objetos e várias ameaças como esta: "És Villas-Boas desaparece daqui (...) vocês vão morrer".

O Ministério Público acrescenta que alguns jornalistas foram impedidos de fazer o seu trabalho na cobertura da assembleia geral.

O antigo líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, é o único arguido que permanece em prisão preventiva.

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