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Incêndio na Madeira: moradores queixam-se da falta de meios

O vento forte dificultou o trabalho dos bombeiros, mas a humidade que chegou ao cair da noite parece ter dado descanso aos operacionais. Apesar do esforço estão ativas duas frentes de fogo. O meio aéreo vai entretanto entrar em ação para ajudar os mais de 70 operacionais que estão no local.

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Depois de uma noite “muito complicada” na Madeira, o incêndio está mais controlado em Serra D’Água, na Ribeira Brava. As duas frentes de incêndio que lavravam no concelho de Câmara de Lobos, estão praticamente extintas. Uma informação não confirmada pelo presidente da Proteção Civil da Madeira, António Nunes.

"No caso de Câmara de Lobos temos a situação controlada, o fogo praticamente extinto e em vigilância, pois a qualquer momento pode ocorrer algum reacendimento, mas já desmobilizámos algum dispositivo para eventualmente ser reafetado para outras necessidades", adiantou à agência Lusa o presidente do município, Leonel Silva.

Uma informação que não foi confirmação pelo presidente da Proteção Civil da Madeira, António Nunes, em declarações esta manhã à SIC Notícias, esclarecendo que ainda “há duas frentes ativas” embora controladas. No terreno estão mobilizados 77 operacionais e 25 veículos. Mas, garantiu António Nunes, não há casas em risco.

Ainda de acordo com o autarca, durante o dia de hoje vai ser reavaliado o regresso das pessoas às suas casas na Fajã das Galinhas.

"Vou também tentar perceber como está o fogo no concelho vizinho da Ribeira Brava, porque havia uma zona ativa que fazia fronteira com uma área de Câmara de Lobos", disse.

Recorde-se que várias casas estiveram na linha de fogo, o que obrigou à retirada de dezenas de pessoas. Arderam palheiros e armazéns agrícolas, mas as casas ficaram a salvo.

A jornalista Catarina Terroso conta que algumas das casas em risco ficaram sem água e tiveram de ser os moradores a fazer tudo à mão, até à chegada de um carro dos bombeiros.

“Momentos muito intensos e complicados para estas pessoas”, que se queixam da falta de meios.

O vento forte dificultou o trabalho dos bombeiros, mas a humidade do cair da noite parece ter dado descanso aos operacionais.

No domingo, mais de 160 pessoas foram retiradas de casa e estão alojadas num centro comunitário por precaução. Não há registo de feridos até ao momento.

Este incêndio deflagrou na passada quarta-feira no concelho da Ribeira Brava e as chamas atingiram depois os de Câmara de Lobos e Calheta.

Em atualização