País

Privatização da TAP foi um "assalto" que teve "dois cúmplices", diz Mortágua

A reação de Mariana Mortágua ao relatório da IGF sobre a compra da TAP.

Loading...

Mariana Mortágua reagiu esta terça-feira ao relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre a venda da TAP considerando que a companhia aérea foi alvo de um "assalto" que "teve dois cúmplices".

Segundo a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), o negócio da privatização da TAP "foi tudo menos transparente", foi "um assalto" protagonizado por David Neeleman que contou com "dois cúmplices: Maria Luís Albuquerque e Pinto Luz".

"Maria Luís Albuquerque era ministra das Finanças e teve conhecimento de todo este processo", garantiu a bloquista, acusando ainda "Miguel Pinto Luz que era secretário de Estado das Infraestruturas na altura" de ter "apressado o negócio".

"Quando um privado assalta uma empresa pública, como Neelman fez à TAP, esse privado está a assaltar o país", defendeu a coordenadora do BE que garantiu ainda que "toda a venda [da TAP] pode ser inviabilizada porque violou" a lei.

Durante as declarações, Mortágua acusou ainda Pinto Luz, atual ministro das Infraestruturas e da Habitação, "de se esconder atrás do primeiro-ministro" e desafiou Luís Montenegro a tomar uma atitude em relação "a este ativo tóxico do Governo".

O relatório da IGF às contas da TAP concluiu que há suspeitas de crime na privatização da companhia aérea, que ocorreu em 2015, durante a gestão de David Neelman e Humberto Pedrosa, e recomendou o envio do documento ao Ministério Público (MP).

Uma das conclusões do relatório indica que a TAP foi comprada com o próprio dinheiro.