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Carlos Moedas responsabiliza Fernando Medina pela polémica em redor dos 125 novos ecrãs publicitários em Lisboa

Há dezenas de novos ecrãs publicitários luminosos em Lisboa, o que para os automobilistas pode representar um perigo acrescido. A Câmara de Lisboa diz que neste momento nada pode fazer, uma vez que os painéis resultam de um contrato público do antigo executivo.

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Foram contratualizados em 2017 mas estão apenas em implementação desde o ano passado. São cerca de 125 novos painéis luminosos plantados ou à espera de serem instalados nas principais estradas de Lisboa.

Só na 2ª Circular, uma das vias rodoviárias mais movimentas de Lisboa, há pelo menos uma dezena de reclames luminosos. Um fator de risco para quem anda nas estradas de uma cidade que regista mais de 20 mil acidentes por ano.

“Se combinarmos a possibilidade de distração - tanto fora do carro, como dentro do carro – com velocidades excessivas, é um cocktail muito perigoso”, alerta Mário Alves, presidente da rede de associações Estrada Viva.

São painéis fruto de um contrato entre a Câmara Municipal de Lisboa e a empresa JCDECAUX que afeta apenas as vias municipais uma vez que, em relação à Rede Rodoviária Nacional. as Infraestruturas de Portugal não autorizaram a instalação.

Autarquia diz estar “refém” de contrato

À SIC a autarquia diz estar "refém" de um contrato público de há sete anos entre o município, na altura liderado por Fernando Medina.

O atual executivo de Carlos Moedas diz "manter reservas e dúvidas sobre as opções assumidas no referido caderno de encargos" tendo, posteriormente, apenas conseguido limitar o funcionamento dos painéis entre as sete da manhã e a meia noite.

PS diz que a assinatura do contrato foi feita por Carlos Moedas

Ainda que o Partido Socialista (PS) assuma o lançamento e adjudicação do concurso para a concessão publicitária quanto às responsabilidades, o ponto de vista é outro.

À falta de responsabilização, a oposição critica também a falta de transparência no processo de autorização das dimensões e localizações destes painéis. Mesmo depois de uma queixa à Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos, o Partido Socialista (PS) diz que não encontrou qualquer parecer da Câmara Municipal de Lisboa relativamente à proposta do concessionário quanto ao tamanho e o local de instalação dos painéis.