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Montenegro admite que Portugal precisa de mais professores e agradece a Marcelo

O chefe de Governo atribuiu responsabilidades ao executivo anterior, sublinhando que a falta de docentes é um problema que vem “dos últimos anos”. Luís Montenegro quis também saudar o Presidente, por promulgar as medidas que visam tentar recrutar mais professores.

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O primeiro-ministro assinalou o arranque do ano letivo, esta quinta-feira, em Viseu. Luís Montenegro afirmou que Portugal precisa de mais professores e agradeceu ao Presidente da República por promulgar o diploma que vai facilitar o recrutamento de docentes.

Num discurso, durante uma visita à Escola Secundária Alves Martins, em Viseu, o chefe de Governo reconheceu a necessidade de mais professores no ensino público.

“Há muitos alunos que estão a ter menos oportunidades, porque não têm professor a pelo menos uma disciplina, alguns a mais do que uma disciplina”, constatou Luís Montenegro.

O primeiro-ministro deixou farpas ao anterior Executivo, afirmando que a falta de professores é algo que “vem dos últimos anos”.

“Mas nós não podemos ficar a contemplar a situação”, frisou.

O agradecimento a Marcelo

Luís Montenegro fez ainda questão de agradecer a Marcelo Rebelo de Sousa – que não esteve presente no arranque do ano letivo, por motivos de saúde -, depois de este ter promulgado, esta quinta-feira, o regime excecional e temporário para recrutamento do pessoal docente e o apoio à deslocação para professores, decididos pelo Executivo.

“Temos de agradecer a colaboração institucional do sr. Presidente da República para termos um processo de recrutamento excecional e temporário, para poder dar resposta às dificuldades que hoje muitas escolas e, sobretudo, muitos alunos sentem - por incrível que pareça, em centros urbanos como Lisboa - de terem acesso a igualdade de oportunidades, por via de terem professor a todas as disciplinas”, declarou o primeiro-ministro.

O apoio para docentes deslocados, promulgado esta quinta-feira, será atribuído aos professores colocados a mais de 70 quilómetros da sua residência. O valor do subsídio varia entre os 150 e os 450 euros.

Já o concurso de recrutamento temporário estabelece que os professores contratados possam candidatar-se a lugares vagos nas escolas, alargando a hipótese a profissionais que não possuem habilitação profissional para integrar a carreira docente.

O novo ano letivo arranca, esta quinta-feira, para 1,3 milhões de alunos, mas com falta de professores, existindo mais de mil horários por preencher.