Seis alunos de uma escola básica do concelho de Azambuja foram esta terça-feira esfaqueados por um colega, tendo um deles ficado em estado grave e sido transportado para o hospital. O suspeito de 12 anos que esfaqueou "aleatoriamente" os colegas da escola usou uma faca e tinha vestido um colete antibala.
Questionado sobre se o programa Escola Segura é suficiente para garantir a segurança nas escolas portuguesas, João Pina, dirigente Sindicato Independente dos Agentes de Polícia, disse que programa que visa garantir o bem-estar e a segurança das crianças e jovens em meio escolar tem vindo a sofrer um desinvestimento gradual ao longo dos seus 32 anos de existência.
"Os meios são escassos. Obviamente não é possível ter um ou dois polícias por escola. O programa Escola Segura está a fazer 32 anos de existência e nunca houve um desinvestimento tão grande como agora", referiu.
Mauro Paulino, psicólogo e comentador SIC, defende que é necessário investigar como o jovem conseguiu ter acesso ao colete antibalas, o planeamento deste ataque e que acesso teve para desencadear este episódio, acrescentando que o suspeito estará também a sofrer psicologicamente.
"Para este comportamento ter acontecido, esta criança estará também a viver um sofrimento psicológico. Não sei se o suficiente para configurar algum diagnóstico formal em termos de saúde mental", apontou.