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Ataque em escola da Azambuja: duas crianças já tiveram alta, outras duas já regressaram às aulas

A aluna de 12 anos que ficou com ferimentos graves, após ter sido esfaqueada por um colega numa escola de Azambuja, teve alta hospitalar. Dois dos seis alunos atacados regressaram esta quinta-feira às aulas.

Ataque em escola da Azambuja: duas crianças já tiveram alta, outras duas já regressaram às aulas
Ana Brigida

Já tiveram alta hospitalar o rapaz internado no hospital de Vila Franca de Xira e a aluna de 12 anos reencaminhada com ferimentos graves para o hospital de Santa Maria, em Lisboa, após terem sido esfaqueados por um colega na escola básica 1,2 e 3 da Azambuja. As duas crianças estavam internadas desde terça-feira, nos respetivos hospitais. Prevê-se que uma terceira criança tenha alta esta sexta-feira.

Esta quinta-feira, dois dos seis alunos feridos já regressaram às aulas, disse à agência Lusa o presidente da Câmara, sublinhando que o ambiente no estabelecimento escolar "está sereno e calmo".

Na terça-feira à tarde, um aluno da Escola Básica 1, 2 e 3 de Azambuja, no distrito de Lisboa, esfaqueou seis colegas com idades entre os 11 e os 14 anos, tendo um deles, uma menina, ficado em estado grave.

Na sequência deste incidente, quatro crianças (três meninas e um rapaz) foram encaminhadas para o Hospital de Vila Franca de Xira, enquanto a criança com ferimentos mais graves foi transportada para o Hospital de Santa Maria.

Após o crime, o aluno, "detido em flagrante", foi mantido numa sala de aula e ficou à guarda de elementos da GNR até ser interrogado pela Polícia Judiciária, que também realizou perícias no local.

Após o interrogatório, o aluno foi levado para um hospital "para avaliação psicológica", encontrando-se suspenso preventivamente da escola, segundo indicou na quarta-feira fonte do Ministério da Educação.

Também na quarta-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) disse à Lusa que foi aberto um inquérito tutelar educativo ao aluno, que corre termos no Ministério Público de Vila Franca de Xira.

Apesar de ter sido detido (como referiram também à Lusa outras fontes conhecedoras do processo), o menor não responde criminalmente, por ter menos de 16 anos.

A lei portuguesa prevê que possa ser aberto um inquérito tutelar educativo quando estão em causa factos qualificados como crime e praticados por menores entre os 12 e os 16 anos.


Com LUSA