País

Médicos e enfermeiros em greve na terça e quarta-feira

Os profissionais de Saúde acusam a ministra da Saúde de falta de competência e falam em “negociações de fachada” no setor.

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Os médicos e os enfermeiros vão voltar à greve esta terça e quarta-feira. É mais um protesto para exigir melhores salários e condições de trabalho. Com as duas paralisações em simultâneo, é esperado um impacto ainda maior nos serviços de saúde, mas os sindicatos garantem que se tratou de uma coincidência. 

O descontentamento com a falta de respostas do ministério de Ana Paula Martinslevou médicos e enfermeirosà marcação de uma greve coincidente. Serão dois dias24 e 25 de setembro -para exigirem melhores condições de trabalho, um aumento dos salários e também mais investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS). 

No primeiro dia de greve, os médicos vão manifestar-se frente ao Ministério da Saúde. 

Joana Bordalo e Sá, presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), afirma que a situação já estaria resolvida se a ministra Ana Paula Martins tivesse levado a cabo “uma negociação com os médicos que não fosse de fachada” e conseguido “garantir mais médicos”. No entanto, acusa a sindicalista, a ministra da Saúde “não teve competência para isso”. 

No segundo dia, também haverá uma concentração junto ao Ministério da Saúde, mas serão os enfermeiros a protestar. 

A contestação foi decidida separadamentepela Federação Nacional dos Médicos e pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, mas as duas organizações não afastam a possibilidaded e um protesto futuro com todos os sindicatos da Saúde unidos. 

Esperam uma adesão significativados profissionais do setor, num alerta para a necessidade urgente de reforçar o Serviço Nacional de Saúde. 

As organizações, que falam em separado, tem a mesma visão de que as formas de luta poderão endurecer, perante uma ministra que, dizem, não tem sido capaz de ir ao encontro do setor, pondo em causa a qualidade e a eficácia do SNS.