A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, afirma que é à mesa das negociações que se chega a acordo e sublinha que os bombeiros sapadores estão em conversações com a tutela por causa do estatuto profissional.
Em declarações aos jornalistas, esta tarde, no Palacete de São Bento, em resposta aos protestos dos bombeiros sapadores, a ministra sublinhou que as reivindicações dos bombeiros “já vêm de há 22 anos” e disse acreditar que será possível chegar a um acordo sobre o estatuto desta classe profissional.
Lembrando que os bombeiros sapadores não dependem diretamente do Governo, mas das autarquias (uma vez que são estruturas que respondem às câmaras municipais, pertencendo à administração local), Margarida Blasco afirmou que os sapadores tiveram uma reunião com a tutela na passada sexta-feira.
A ministra considera que as conversações “estão a ter um bom ritmo" e acredita, por isso, que será possível chegar “a bom porto” em relação ao estatuto dos bombeiros.
“É à mesa das negociações que se fazem os acordos”, insistiu a ministra, afirmando que o Governo já tem dado provas em negociações com outras classes profissionais.
Confrontada pelos jornalistas sobre o facto de os bombeiros sapadores afirmarem que a reunião em causa não envolveu negociações e que a tutela não tinha qualquer proposta para apresentar aos bombeiros, Margarida Blasco recusou-se a responder às questões da comunicação social.
Centenas de bombeiros sapadores ocuparam, esta tarde, as escadarias da Assembleia da República, em Lisboa, enquanto a polícia formou um cordão à entrada do Parlamento.
Os sapadores lutam por uma regulamentação do horário de trabalho, pela reforma aos 50 anos e por um regime de avaliação específico, entre outras condições de trabalho.