Será esta sexta-feira, Dia Mundial do Animal, discutido no Parlamento o projeto de resolução do PAN com a proposta de referendo para a abolição das touradas.
Em entrevista à SIC Notícias, Inês Sousa Real, porta-voz do partido, disse ser preciso dar um "passo civilizacional", já que considera que as praças de touros são espaços de sofrimento de animais.
"Não podemos continuar a ter em Portugal uma atividade que consiste em provocar sofrimento a um animal", garantiu.
Segundo a porta-voz do PAN, mais de 60% dos portugueses são contra as touradas.
"Todos os estudo o que dizem é que grande parte dos portugueses não se reveem nesta atividade cruel", afirmou Inês Sousa Real acrescentando "queremos que tal como aconteceu na Colômbia, um país onde as touradas estavam fortemente enraizadas, que se promova esta abolição e a reconversão da atividade".
Questionada sobre a possibilidade do referendo ser recusado a porta-voz do PAN garantiu que caso isso aconteça a palavra será dada "à sociedade civil".
"O PAN não tem receio da força da sociedade civil e por isso mesmo que este referendo seja chumbado na Assembleia da República vamos avançar com esta iniciativa pela via popular", garantiu.
"O PAN procurou dialogar com as demais forças políticas para que viabilizassem e permitissem que o povo português se pronunciasse. Temos a indicação que o PS e o PSD vão votar contra, tal como Chega", acrescentou afirmando ainda que os votos contra são um contrassenso porque "dizem-se amigos dos animais, sobretudo em momento de campanha eleitoral, mas na hora de votarem e acabarem com este tipo de crueldade e sofrimento votam contra e não têm a coragem de dar a palavra ao povo português".
Durante a entrevista desta manhã na antena da SIC Notícias a porta-voz do PAN lembrou ainda os casos de pessoas que ficaram gravemente feridas ou morreram na sequência de largadas de touros.