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"É o Tribunal de Rabat que vai decidir a extradição”: advogado marroquino de Fábio Loureiro ouvido pela SIC

O recluso, que foi um dos cinco protagonistas da fuga da cadeia de Vale de Judeus, pedir para não ser extraditado para Portugal e ficar preso em Marrocos.

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O advogado marroquino de Fábio Loureiro diz à SIC que o fugitivo agora capturado quer ficar em Marrocos, para evitar mais de 25 anos nas cadeias portuguesas.

Antevendo o que espera, se regressar a Portugal, na mais que provável cadeia de alta segurança de Monsanto - onde estão os principais criminosos do país -, Fábio Loureiro pediu para permanecer em Marrocos.

Mas não é Fábio Loureiro quem decide. A palavra final em relação ao pedido de extradição das autoridades portuguesas é da Justiça marroquina.

“Ele irá para Rabat e é o Tribunal da Relação de Rabat que decide se o extradita ou não”, afirma, à SIC, o advogado Abdelkader Boukasri

Enquanto aguarda pela decisão, que pode demorar semanas, o homem que andou fugido durante um mês, escondido na casa de um amigo, será transferido para outra cadeia, a 250 quilómetros. Já leva quatro noites consecutivas atrás das grades em Tânger.

A SIC apurou que Fábio Loureiro foi detido no parque de estacionamento de uma zona comercial, a dez minutos da casa onde estava abrigado.

O reencontro com a companheira, no domingo às 22h00, que pretendia ser discreto, foi, afinal, a hora do regresso à cela.

Em Portugal, foi condenado por rapto, tráfico de droga, associação criminosa e roubo à mão armada. A Justiça fixou o somatório das penas num total de 44 anos. Penas de cumprimento sucessivo, não sujeitas a cúmulo.

Da decisão do Tribunal de Execução de Penas, a que a SIC teve acesso, resulta que sairá em 2050. Mas, caso seja agora extraditado, responderá ainda num outro julgamento, por um novo crime - o de evasão - e arrisca-se a ver alargada a data até ao regresso à liberdade.