A defesa marroquina de Fábio Loureiro insiste que o objetivo do fugitivo é permanecer em Marrocos. Em entrevista exclusiva à SIC, o advogado que o representa em Tânger explica os passos da justiça marroquina e sublinha que, ao opor-se à extradição, Fábio Loureiro tenta evitar um agravamento da pena de prisão.
A última morada de Fábio Loureiro antes da detenção foi descoberta pela SIC. Fica numa rua de pouco movimento. O abrigo facilitado por um amigo esteve fora do radar das autoridades marroquinas durante semanas, até domingo.
Fábio "cigano" foi detido na garagem de uma loja em Tânger
Depois de quatro noites em Tânger, o próximo destino é Rabat. Fábio Loureiro prepara-se para uma viagem de 250 quilómetros. Vai ser transferido para uma segunda cadeia marroquina, enquanto espera pelo processo de extradição. A decisão pode demorar semanas, talvez mais de um mês.
Em entrevista à SIC, o advogado marroquino de Fábio Loureiro, Abdelkader Boukasri, explica que só para a preparação dos documentos vão ser precisos 10 dias. Segue-se a audiência perante o juiz, que vai acontecer no tribunal de recurso de Rabat.
A resposta de Fábio Loureiro deverá ser a mesma que já foi dada em Tânger, onde foi detido. Está contra a extradição e quer continuar em Marrocos.
"O Fábio estava bem. Porque quer ele ficar em Marrocos? Não sei responder a isso. Tem de perguntar ao Fábio", diz o advogado.
Fábio Loureiro não pôde estar em contacto com a SIC. A mulher e a irmã recusaram falar. Estiveram três dias em Tânger, o refugio temporário do primeiro dos cinco fugitivos de Vale de Judeus a ser encontrado.