O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, condenou esta quarta-feira os distúrbios das últimas noites em vários bairros da Grande Lisboa, após a morte de Odair Moniz, baleado pela PSP, na madrugada de segunda-feira, na Cova da Moura.
Os distúrbios começaram na madrugada de terça-feira no bairro do Zambujal, no concelho da Amadora, e estenderam-se esta madrugada de quarta-feira a várias zonas da Grande Lisboa. Três pessoas foram detidas na terça-feira, duas das quais por incêndio e agressões a agentes policias.
“Cidadãos que agem em liberdade dentro dos limites da lei e forças policiais que asseguram o seu cumprimento com proporcionalidade e respeito pelas garantias dos cidadãos. É esta a base do Estado de Direito e é lamentável que forças radicais à esquerda e à direita se comportem como pirómanos políticos”, escreveu Rui Rocha na sua conta oficial do X.
O líder da IL afirmou que, independentemente do resultado da investigação à morte de Odair Moniz, “promover emboscadas às forças policiais e desencadear motins e atos de vandalismo generalizado não se enquadram na busca da justiça”.
Na publicação, defendeu que estas “emboscadas” e motins são um “ataque direto ao Estado de Direito totalmente inadmissível”.
“As autoridades devem repor rapidamente a ordem pública, garantir a segurança de pessoas e bens e acabar com a anomalia no Estado de Direito que é a existência de ‘zonas sem lei e bairros interditos’.”
A morte de Odair Moniz
Os tumultos das duas noites passadas surgem após a morte de Odair Moniz, baleado fatalmente pela polícia na madrugada de domingo, na Cova da Moura.
De acordo com um comunicado da PSP, o homem terá fugido à polícia e, depois de ser abordado, terá resistido à detenção e tentado agredir os agentes com uma arma branca - tendo sido baleado.
O agente da PSP que disparou foi constituído arguido. A notícia foi confirmada esta terça-feira pela SIC, que apurou que o agente já foi interrogado pela Polícia Judiciária e entregou a arma às autoridades.
O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária e levou à abertura de um inquérito urgente pela Inspeção Geral da Administração Interna.