Todos os partidos políticos condenam os distúrbios que têm acontecido na área da Grande Lisboa. A grande maioria quer ouvir a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.
Exigem mais explicações sobre a morte do homem de 43 anos atingido mortalmente por um agente da PSP na madrugada de domingo para segunda-feira na Cova da Moura.
Esta quarta-feira, no parlamento, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, garantiu que o Governo está “ao lado” das forças de segurança.
"O que o Governo disse, creio que é aquilo que se impõe. Levar à justiça aqueles que estão a cometer crimes e é esse papel que nós esperamos que as Forças de Segurança tenham. Com total confiança no seu trabalho. Eu quero aqui repetir, nós somos daqueles que entendemos que as forças de segurança atuam no quadro da lei”, Hugo Soares do PSD.
Também João Almeida, do CDS, disse que a "PSP está está a desempenhar um trabalho extraordinário de reposição da ordem pública, cumprindo o seu dever democrático" e que estes "atos de vandalismo são inaceitáveis e aqueles que para ele contribuíram devem ser severamente punidos".
PS, Bloco de Esquerda e Livre chamam ministra no Parlamento
Para o Partido Socialista, neste momento é necessário “investigar e responsabilizar aqueles que sejam responsáveis”. Uma opinião partilhada pelo LIVRE que diz ser necessário “perceber porque é que aquilo que está a acontecer está a acontecer neste momento e aquilo que esperamos do Governo”. Para isso, pedem a audição da ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, no Parlamento.
"Naturalmente que precisamos de ouvir a senhora ministra da Administração Interna e, eventualmente, outros responsáveis. Vamos analisar isso e em breve tomaremos as nossas diligências”, diz Alexandra Leitão do PS.
"Aquilo que esperamos da ministra da Administração Interna é também que tenha essa capacidade de entender o contexto e tomar medidas. Iremos também, logo que se consigam apurar mais algumas circunstâncias, chamar a senhora ministra ao parlamento”, Paulo Muacho do Livre.
“Nós precisamos de garantir que os porta-vozes do Governo e das autoridades dizem que não ficará nenhum crime, nenhum abuso por apurar. Segundo, precisamos de uma ação policial de proximidade, de comunidade, que dialogue as associações, com as comissões de moradores, com os autarcas que garanta a reconciliação”, diz Fabian Figueiredo do Bloco de Esquerda.
IL diz que Estado deve intervir e PCP defende esclarecimento cabal
Também a Iniciativa Liberal pede que o Estado "nesta matéria intervenha, intervenha de forma decidida e reponha imediatamente a ordem. Não pode haver cidadãos condicionados nos seus direitos. Outra questão é o apuramento dos factos que aconteceram no inicio desta situação”, diz Rui Rocha da Iniciativa Liberal.
Um apuramento dos factos também pedido pelo PCP que diz ser necessário "que haja um esclarecimento cabal do que aconteceu porque a polícia serve para proteger os cidadãos, para garantir a tranquilidade dos cidadãos e, portanto, havendo um cidadão que morre no seguimento de uma intervenção policial tem de se apurar o que é que aconteceu, em que circunstâncias exatas é que isso aconteceu”, António Filipe do PCP.
Chega fala em "rascaria" que deve ser punida
André Ventura diz que o partido está “ao lado incondicionalmente das forças de segurança e honestamente não desta rascaria que anda a incendiar autocarros durante a noite a atacar polícias”.
“O Chega propõe que primeiro a polícia ponha a ordem e não tenha receio de repor a ordem, Mas para isso é preciso que seja dito à polícia que pode fazer o que deve fazer”, André Ventura do Chega.