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Operação Influencer: Vitor Escária recusa-se a 'ceder' impressões digitais ao Ministério Público

O Ministério Público (MP) quer recolher as impressões digitais do antigo chefe de gabinete de António Costa num dos inquéritos da Operação Influencer. Vitor Escária recusou-se, no entanto, a cumprir a diligência alegando falta de fundamento do pedido.

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Quando foi interrogado, o antigo chefe de gabinete de António Costa admitiu que eram dele os 75 mil e 800 euros em notas. Estavam escondidos entre livros e garrafas de vinho, no Palácio de São Bento, dentro do próprio gabinete, mas para o Ministério Público essa confissão não chega.

Os procuradores notificaram Vitor Escária para se apresentar voluntariamente e permitir a recolha das respetivas impressões digitais. Através dessa diligência, a investigação pretende confirmar se as marcas das pontas dos dedos encontradas nos envelopes do dinheiro pertencem de facto ao ex-assessor de António Costa ou a terceiros.

A notícia avançada pelo jornal Público, entretanto, confirmada pela SIC dá ainda conta de que Vitor Escária se opôs à pretensão do Ministério Público (MP) justificando já ter assumido que o dinheiro lhe pertencia.

A defesa confirma à SIC que entende que, o pedido dos procuradores, carece de fundamentação e pediu mais informações. Até ao momento não chegaram. A SIC pediu esclarecimentos à Procuradoria Geral da República (PGR) e não obteve qualquer resposta.

Se a recusa de Vitor Escária se mantiver no limite, poderá vir a responder por um crime de desobediência.

Há um ano que correm quatro inquéritos-crime com origem na chamada Operação 'Influencer' que levou à queda do anterior Governo. Envolvem o Centro de Dados de Sines, o investimento em lítio, o projeto de hidrogénio e António Costa que, apesar de suspeito, nunca foi constituído arguido.