Luísa Semedo, porta-voz do Vida Justa, movimento que realiza este sábado em Lisboa, às 15:00 uma manifestação para reclamar justiça pela morte do homem baleado por uma agente da PSP. Para a mesma hora, o Chega marcou também um protesto "em defesa da polícia". Luísa Semedo considera que esta iniciativa convocada pelo partido liderado por André Ventura, foi “provocação total”. A porta-voz do Vida Justa deixa também um apelo ao fim da violência e pede aos mais jovens para porem fim aos desacatos.
“Todos os que têm um mínimo de discernimento conseguem perceber que isto é uma provocação total e nem sei como é que foi autorizada essa contramanifestação, tendo em conta que nós estamos a lutar pelos direitos de igualdade que são constitucionalizados por tudo e para todos, acho uma falta de respeito gigante para com a família (…) Nós estamos tranquilos, estamos cientes e estamos tranquilos e vamos estar unidos ”, diz Luísa Semedo, em entrevista na SIC Notícias, a propósito da manifestação convocada pelo Chega para o mesmo dia e hora da iniciativa convocado pelo Vida Justa.
A manifestação do Vida Justa vai começar no Marquês de Pombal e estava inicialmente prevista para terminar na Assembleia da República, mas o movimento alterou o percurso por terminar no mesmo local da contramanifestação do Chega.
A iniciativa do Vida Justa, que vai terminar na Praça dos Restauradores", foi anunciada na quinta-feira pelo movimento, para reclamar justiça pela morte de Odair Moniz, o homem de 43 anos baleado por um agente da PSP após uma perseguição policial na Amadora.
Com o lema "Sem justiça não há paz", esta iniciativa é organizada pelo movimento Vida Justa, familiares e amigos de Odair Moniz, associações de moradores do bairro do Zambujal, onde residia a vítima, e de outros bairros da Área Metropolitana de Lisboa.
Na quinta-feira, poucas horas depois do anúncio da iniciativa do Vida Justa, o presidente do Chega, André Ventura, anunciou a manifestação "em defesa da polícia".
Acesso condicionado em várias zonas da capital
A PSP dá conta de que o policiamento das duas manifestações vai ser feito pelas diferentes valências do Comando Metropolitano de Lisboa com "o apoio permanente" de meios da Unidade Especial de Polícia da PSP.
"A Polícia irá promover constante visibilidade e mobilidade dos meios policiais destacados para esta operação de segurança de forma a prevenir e evitar a existência de situações de alteração da ordem pública", garante, relembrando que "não tolerará atos de desordem e de destruição praticados por grupos criminosos", que "integram uma minoria e não representam a restante população".
A PSP vai condicionar a Praça do Marquês Pombal, Avenida da Liberdade, Praça dos Restauradores, Avenida Braamcamp, Avenida Alexandre Herculano, Rua de São Bento, Praça do Município, Rua do Arsenal, Rua do Comércio, Rua Nova do Almada, Rua Garrett, Praça Luís Camões, Calçada do Combro e Rua Dom Carlos I.