Depois de quase uma hora à espera do autocarro, Fernanda decide que não pode mais esperar, para garantir que a neta não chegue atrasada à escola, é obrigada a recorrer ao táxi, apesar do custo extra.
A situação arrasta-se há mais de uma semana. Alguns autocarros da Carris e da Carris Metropolitana, em vez de entrarem no bairro, dão meia volta e seguem por outra rua, ignorando as paragens. Para quem mora no bairro, a falta de informação é motivo de frustração e preocupação.
Em várias paragens, a situação é idêntica: não há ninguém à espera e, ao invés disso, os moradores reúnem-se fora do bairro, a tentar encontrar uma solução para a falta de transportes. Desde que um autocarro foi incendiado, ferindo gravemente um motorista, alguns profissionais da Carris preferem evitar paragens no local.
Quem costumava apanhar o autocarro à porta de casa agora precisa de caminhar pelo menos dez minutos até uma paragem mais distante. Além da alteração de rotas, os moradores relatam que os atrasos têm sido constantes nos últimos dias. Lucrécia, por exemplo, já chegou ao trabalho horas depois do previsto.
As carreiras 714 e 754 da Carris são das mais afetadas. A empresa garantiu à SIC que está a avaliar a reposição do serviço na totalidade. No entanto, os moradores pedem respostas urgentes para resolver a situação.
Enquanto os atrasos e alterações nos horários persistem, resta aos moradores tentar apanhar o primeiro autocarro que passa, mesmo que não seja exatamente o que precisavam.