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Novas eleições na Madeira? PS disponível para votar a favor da moção de censura ao Governo de Albuquerque

O presidente e líder parlamentar do Chega/Madeira anunciou na segunda-feira que entregou no parlamento madeirense uma moção de censura ao Governo Regional, justificando a decisão com as investigações judiciais que estão a ser feitas a Miguel Albuquerque e a quatro secretários regionais.

Miguel Albuquerque
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O PS deverá votar a favor da moção de censura a Miguel Albuquerque apresentada pelo Chega. Se o Governo da Madeira cair os socialistas querem eleições antecipadas.

O Executivo de Miguel Albuquerque está por um fio e se os socialistas seguirem a opinião do líder o mais certo é que não passe de 18 de novembro, dia em que será discutida no parlamento regional a moção de censura apresentada pelo Chega.

PS e Chega são incompatíveis em quase tudo, mas isso tem menos importância quando o caso é a Madeira. E não será o PS a manter Albuquerque por mais tempo no poder. Se sair pela moção de censura ou se optar por se demitir antes, os socialistas só vêm uma solução.

O futuro joga-se no parlamento madeirense e nas reuniões das comissões políticas do PSD e do PS marcadas para este sábado, mas, em Lisboa, André Ventura garante que o Chega fará tudo para conseguir a aprovação da moção de censura. O objetivo, sublinha, é fazer uma limpeza ética naquela região insular.

E insiste que não basta fazer uma remodelação, é preciso afastar Miguel Albuquerque, mas para isso precisa de uma maioria e terá de contar com os votos a favor do PS e do JPP.

O líder do Chega disse que a estrutura regional do partido está disponível para alterar o texto da moção de censura ao Governo da Madeira para que outros partidos possam votar favoravelmente.

"Queria saudar a abertura que o Chega/Madeira já manifestou na disponibilidade de alterar o texto, se necessário, para que esta moção de censura seja aprovada", afirmou Ventura.

O Chega está disponível para alterações "dentro do espírito da censura e do combate à corrupção, para que seja aprovado no parlamento regional e possa levar à clarificação política e à limpeza ética que tanta falta faz no arquipélago da Madeira", indicou.