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Miguel Albuquerque: "Não me demito e mantenho todos no governo com a minha total confiança"

O presidente do Governo Regional e do PSD/Madeira diz que vai enfrentar "de cabeça erguida" a "situação rocambolesca" da moção e censura ao Governo Regional.

Miguel Albuquerque
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Miguel Albuquerque diz que não se demite e que vai manter todos os membros do seu governo em funções, com a sua “total confiança”.

O PSD vai enfrentar "de cabeça erguida" a "situação rocambolesca" da moção e censura ao Governo Regional, entregue pelo Chega/Madeira e que deverá ser votada favoravelmente pelo PS, disse o Miguel Albuquerque esta manhã aos jornalistas, após a reunião da comissão política regional do partido convocada para analisar o caso.

O presidente do Governo Regional e do PSD/Madeira acusa o Chega de querer tomar o poder.

"É estranha esta moção, uma vez que é inoportuna e irresponsável (…) o que deduzimos é que esta é um moção de censura imposta pela liderança nacional do Chega no sentido de criar instabilidade política na região (…) Se pensam que eu vou sair para porem um líder provisório para depois deitarem abaixo e conquistarem o poder tão enganados, nós estamos aqui para dar a cara e eu estou aqui para dar a cara. Eu não me demito.”

Albuquerque considera estar legitimado para continuar no cargo porque foi eleito em eleições regionais em 2023 e em 2024, tendo vencido também as eleições internas em março desse ano, apesar das investigações judiciais que estão a ser feitas ao presidente do executivo e a quatro secretários regionais, tendo todos sido constituídos arguidos.

Miguel Albuquerque foi constituído arguido no final de janeiro num inquérito que investiga suspeitas de corrupção, abuso de poder e prevaricação, entre outros.

Em causa estão alegados favorecimentos de empresários pelo poder público, em troca de contrapartidas. O social-democrata, líder do Governo Regional desde 2015, acabou por se demitir - depois de o PAN retirar o apoio que permitia à coligação PSD/CDS-PP governar com maioria absoluta -, mas venceu as eleições antecipadas de maio. Num acordo pós-eleitoral, PSD (com 19 eleitos) e CDS-PP (dois) não conseguiram os 24 assentos necessários a uma maioria absoluta, tendo a abstenção de três deputados do Chega permitido a aprovação do Orçamento da Madeira para 2024.