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Em Murça já se apanha a azeitona e perspetiva-se um bom ano de azeite

Apesar de se estimar um aumento da produção entre 10 a 20%, os produtores esperam que os preços se mantenham para compensar os custos do trabalho.

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É um bom ano para a produção da sociedade de Sérgio Ribeiro que produz uma média de 3500 litros de azeite por ano. Um trabalho que passou a dar mais lucro, sobretudo desde o ano passado quando os preços dispararam. Em Murça já se fazem as contas para ver se se consegue manter a média de vendas a 10 euros o litro do azeite.

“Se se mantivessem era bom porque ajudavam o lavrador porque os preços que havia primeiro eram baixos para quem produz. A mão de obra está cara, os produtos estão caros”, 

São muitos fatores a condicionar os preços. Na região de Murça perspetiva-se um aumento da produção de cerca de 20%. E a queda do consumo pode desvalorizar o azeite.

“Nós consideramos que a descida a existir será curta porque senão vai ser desastrosa aqui para a região e, por outro lado, achamos que só se vai fazer sentir nas prateleiras em  Fevereiro ou Março, existindo agora a incerteza que está a acontecer com as alterações climáticas e os fenómenos extremos no sul de Espanha podem fazer o inverso, ou seja, até fazer subir o valor”, diz Francisco Vilela, presidente da cooperativa de Olivicultores de Murça. 

A cooperativa de olivicultores espera poder continuar a valorizar a produção dos cerca de mil associados. No geral são pequenos produtores fundamentais para garantir a qualidade e a identidade do azeite da região.