Pedro Nuno Santos afirma que a nova doutrina de recurso alargado a armas nucleares, assinada por Vladimir Putin, deve ser vista com preocupação. O secretário-geral do PS defende também que Portugal deve contribuir para a discussão sobre a defesa do espaço europeu.
Em declarações aos jornalistas, esta tarde, à margem de uma visita a uma empresa na Maia, o líder socialista sublinhou que a posição da Rússia - cujo presidente autorizou, esta terça-feira, o uso alargado de armas nucleares na guerra - “é motivo de preocupação”.
Pedro Nuno Santos afirma, contudo, que há um “consenso” significativo, do ponto de vista nacional, sobre esta matéria.
Até por isso, para o secretário-geral do PS, Portugal deve ter um “papel importante” naquilo que seja a “discussão europeia sobre a defesa do espaço europeu e da Europa”.
“Acho que temos esse dever, para proteger todos os cidadãos europeus”, frisou o líder socialista.
A nova política de guerra russa pressupõe a utilização de armas nucleares, se o país for alvo de um ataque com mísseis, drones ou outro tipo de armento de longo alcance, tendo sido apoiado por uma potência nuclear. Moscovo alega que o objetivo é mostrar aos inimigos que, se houver um ataque, haverá, retaliação.
O decreto foi assinado pelo presidente russo, Vladimir Putin, quando se assinalam mil dias do conflito com a Ucrânia e depois de os Estados Unidos da América terem dado luz verde a Kiev para usar armas de longo alcance norte-americanas na guerra contra a Rússia.