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Número de utentes sem médico de família pode aumentar em breve para dois milhões

No último concurso ficaram por preencher dois terços das vagas abertas para médicos de família e, de acordo com a Federação Nacional dos Médicos, o número de aposentações vai aumentar, em 2025.

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O número de utentes sem médico de família pode aumentar em breve para dois milhões - 20% da população portuguesa -, alerta a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que repete um aviso ao governo.

No último concurso ficaram por preencher dois terços das vagas abertas para médicos de família e, de acordo com a FNAM, o número de aposentações vai aumentar, em 2025.

Em declarações à SIC, Joana Bordalo e Sá, presidente da federação, reconhece que, atualmente, há 1,7 milhões de portugueses sem médicos de família, um valor que "rapidamente pode ascender aos dois milhões".

Foi para que houvesse uma mudança nas condições de trabalho e salários dos médicos que a FNAM reuniu com a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e pediu a mudança de regras.

Perante queixas de médicos de família, a quem tem sido recusada a adesão voluntária à dedicação plena, a ACSS comprometeu-se a uniformizar procedimentos no país, mas deixa quase tudo para a tutela.

A FNAM espera ser chamada pela ministra da Saúde para uma negociação que pede seja séria.

A federação garante que quer trabalhar para encontrar soluções urgentes nos cuidados de saúde primários, mas também para os médicos hospitalares ou de saúde pública.