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Ministério Público arquiva processo sobre casa de Luís Montenegro

A investigação concluiu que não há provas de que Luís Montenegro tenha recebido benefícios fiscais indevidos, ao classificar como "reabilitação urbana", em vez de "nova construção", as obras que fez na moradia que tem em Espinho.

Ministério Público arquiva processo sobre casa de Luís Montenegro
JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

O Ministério Público anunciou, esta segunda-feira, o arquivamento do processo relativo à casa do primeiro-ministro, Luís Montenegro, em Espinho. Em causa estavam suspeitas de ilegalidades na atribuição de benefícios fiscais, durante o processo de licenciamento da moradia. 

No despacho de arquivamento, o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto declara que, após a investigação, concluiu que a reabilitação da casa do primeiro-ministro não violou a lei.  

“A intervenção efetuada enquadra uma reabilitação de edifício localizada em área de reabilitação”, sustenta. “Em consequência, os benefícios fiscais atribuídos ao particular tiveram suporte no reconhecimento administrativo dessa condição de beneficiário. 

O Ministério Público declara que não há indícios de que a relação entre Luís Montenegro e os apoios municipais que recebeu para a reabilitação da casa tenham “excedido o estrito quadro decisório de base técnico-jurídica”, que as decisões tomadas têm “suporte legal” e que não há provas de “interferências ilícitas no processo”. 

A Justiça tinha aberto uma investigação, no ano passado, após uma denúncia anónima de que Montenegro teria obtido benefícios fiscais, à margem da lei, ao classificar as obras da sua casa em Espinho como reabilitação urbana e não como nova construção.   

As obras na moradia, que arrancaram em 2016, terão implicado a demolição de uma casa devoluta e a construção de um novo edifício, de seis andares e com 800 metros quadrados, no local.