Não é branco e está longe da imponência de outros tempos, mas aqui, a importância é tanta, que aparece até no nome da cidade e capital de distrito. É o Castelo de Castelo Branco.
Mais difícil é perceber a origem do nome de Castelo Branco. Há a tradição dele remontar a uma cidade celta nomeada por Ptolomeu. Outra hipótese é o próprio percurso de vida do fundador Pedro Alvito.
O tempo, as agressões e até a meteorologia não foram generosos para a fortificação. Nem para a Igreja de Santa Maria do Castelo cuja origem é também templária.
À semelhança de Tomar, também por aqui já houve uma charola. Não resistiu aos séculos numa Igreja que, já em 1807, sofreu com a invasão francesa. Mas esta Igreja irá agora devolver a centralidade ao castelo. Em meados de 2025, espera-se que albergue o novo Centro Interpretativo Pedro Alvito, onde a história da cidade e dos templários estará em destaque.
"Identidade" é uma palavra sempre associada aos castelos e às terras que os ostentam no nome. O mesmo acontece em Castelo Rodrigo. Também aqui, a fortificação não sobreviveu por completo e também terá havido fogo posto. Mas antes, há que recuar ao tempo em que este era um castelo leonês.
D. Dinis conquista a terra e dá-lhe importância, mas talvez as raízes leonesas ainda se sentissem 80 anos depois. Aí caí em algum declínio, até que nos fins do século XVI, entra em cena Cristóvão de Moura. Manda derrubar as torres militares e aqui constrói um palácio digno do primeiro Marquês de Castelo Rodrigo.
E será com o fim do domínio dos Filipes, que virá o que pode ser visto como a redenção patriótica de Castelo Rodrigo. Primeiro, a população terá incendiado o Palácio dos Marqueses, e depois em 1664, 150 militares e população resistiram ao cerco da vila por cinco mil castelhanos.
Aguentam dois dias até que o exército português chega e derrota o adversário. Foi mais um passo para garantir a independência. Entretanto, Castelo Rodrigo, onde vivem atualmente seis dezenas de pessoas, perdeu a cabeça do concelho, mas continua a ser aldeia histórica conhecida pelo mundo. São mais de 100 mil os visitantes anuais.
Um valor que se quer ver reconhecido como Património da Humanidade, com a classificação da rede das aldeias históricas, isto, até ao fim da década.