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Apoio do Chega à candidatura a Belém? “Ainda não estamos em tempo disso”, diz Santana Lopes

Santana Lopes é o convidado de destaque nas jornadas parlamentares do Chega, onde vai participar num painel que conta também com a participação do presidente do partido, André Ventura.

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Pedro Santana Lopes, atual presidente da Câmara da Figueira da Foz, não abre o jogo sobre uma eventual candidatura a Belém e não adianta se contará com o apoio do Chega nas autárquicas, em 2025, ou nas presidenciais, em 2026.

À chegada ao local onde decorrem as jornadas parlamentares do Chega, em Coimbra, o antigo primeiro-ministro começou por justificar a sua presença:

“Convidou-me o presidente do partido, conheço-os há muitos anos, tenho simpatia, respeito e não tenho razão nenhuma para não vir. Pelo contrário, tenho razões para vir.”

Questionado se já voltou a equacionar uma candidatura a Belém, o autarca da Figueira da Foz respondeu, sorrindo, que não.

Sobre o eventual apoio do Chega nas autárquicas ou nas presidenciais, o ex-chefe do Executivo disse apenas que “ainda não estamos em tempo disso”.

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Ventura e a casa de Montenegro

À margem do mesmo evento, André Ventura abordou a polémica em torno da casa de Luís Montenegro em Espinho.

O líder do Chega referiu que, “na altura certa”, exigiu ao primeiro-ministro esclarecimentos sobre a construção de uma habitação "pouco clara, cujo próprio parecia não dar grandes detalhes”.

“Continuo a entender que o Doutor Luís Montenegro esteve errado em não disponibilizar todos os dados que um candidato a primeiro-ministro deve dar”, apontou.

No dia 2 de dezembro, o Ministério Público anunciou o arquivamento do processo relativo à casa do primeiro-ministro depois de ter concluído que a reabilitação da casa do primeiro-ministro não violou a lei.

Sobre esta decisão, o líder do Chega afirmou que “o trabalho que foi feito tem de ser reconhecido”:

“Se o primeiro-ministro foi ilibado, então também me cabe a mim – que estou muitas vezes do outro lado da história a acusar – dizer 'ainda bem'. Ainda bem que o primeiro-ministro não é acusado de corrupção.”

“No Chega não há vacas sagradas"

Ventura esclareceu ainda que o Chega já enviou as perguntas que pretende fazer a Pedro Santana Lopes à margem dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão financeira da Santa Casa da Misericórdia, instituição da qual foi provedor entre 2011 e 2017.

“No Chega não há vacas sagradas nem do passado nem do presente”, defendeu.

O líder partidário notou que, independentemente de Santa Lopes marcar presença nas jornadas parlamentares do partido, “não deixará de o questionar sobre a gestão da Santa Casa”.

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As segundas jornadas parlamentares do partido nesta legislatura, que arrancou em março, começam ao início da tarde e serão dedicadas ao tema: "Corrupção: Prevenção e dissuasão".