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Marcelo recusa falar em eleições, mas a Madeira está (de novo) à beira de uma crise política

O Orçamento foi chumbado pelo Parlamento e uma próxima moção de censura poderá levar à queda do Governo Regional da Madeira. Miguel Albuquerque já anunciou que volta a candidatar-se e pede eleições, mas o Presidente da República diz que ainda não é o momento de pensar nisso.

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Era o chumbo anunciado, ainda que tenha sido a primeira vez que um Parlamento na Madeira tenha votado contra um Orçamento em quase 50 anos de autonomia regional. Este ano, em que a crise política se instalou, é cada vez mais difícil pensar num cenário de estabilidade que evite mais umas eleições antecipadas, as terceiras em pouco mais de um ano.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, adota um discurso cauteloso e diz que ainda não é o momento de pensar na ida às urnas.

“Não podemos por o carro à frente dos bois. Por um lado, é preciso esperar pela moção de censura, por outro, é preciso saber o que os vários partidos dizem ao representante da República na Madeira. Depois veremos.”

O Chega apresentou uma moção de censura. O PS e o JPP já disseram que votam a favor. A discussão está marcada para o dia 17.

“Se for necessário, vamos para eleições”

Até à moção que uma vez aprovada conduz automaticamente à queda do Governo, Miguel Albuquerque continua. E, se depender dele, por mais tempo. O Presidente do Governo Regional já pensa no futuro e quer voltar a candidatar-se.

"Se for necessário, vamos para as eleições e vamos ganhar as eleições", atira Miguel Albuquerque, confirmando que vai ser ele o candidato.

Em março, foi reeleito líder do PSD-Madeira, pelo que não admite agora que não venha a ser ele a liderar o partido, haja ou não uma nova campanha eleitoral pela frente.