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"É muito triste": 350 trabalhadores da Coindu despedidos em vésperas de Natal

Uma das maiores fábricas do setor automóvel de Arcos de Valdevez fechou portas. São centenas de pessoas que ficam sem emprego, na maioria mulheres e, em algumas situações, casais.

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A Coindu, uma das maiores fábricas do setor automóvel de Arcos de Valdevez, fecha portas esta quinta-feira. O impacto do despedimento coletivo é enorme na região: 350 pessoas ficaram sem trabalho.

Os funcionários terminam o primeiro turno do derradeiro dia de trabalho com a voz embargada. Chega ao fim uma história de 36 anos nesta fábrica de Arcos de Valdevez.

São 350 os trabalhadores que, a poucos dias do Natal, ficam sem emprego, na maioria mulheres e, em algumas situações, casais que perdem o trabalho. A esperança está numa mudança de direção e deixar para trás o setor automóvel.

A decisão de um despedimento coletivo, conhecida em novembro e dada logo como irreversível. foi justificada pela administração da empresa - especializada em componentes para automóveis - com falta de encomendas e uma feroz concorrência do norte de África.

Para o Sindicato das indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), o motivo será outro, relacionado com a compra da empresa por parte de um grupo italiano.

A Coindu fecha hoje com um ato simbólico de despedida dos trabalhadores, que vão pendurar, no final do turno, a bata nas grades da fábrica com o número de colaborador e as datas do tempo que dedicaram à empresa.

Voltam no dia 31 para receber as indemnizações, negociadas com a administração da Coindu, que era considerada uma das maiores fábricas do setor automóvel de Arcos de Valdevez.